O DNA é uma molécula altamente estável que carrega a informação genética necessária para o funcionamento do nosso organismo, e é transmitido de geração em geração. No entanto, as emoções e os sentimentos podem afetar indiretamente o nosso DNA, através de processos biológicos mediados pelo sistema nervoso, hormonal e imunológico.
Por exemplo, o estresse crônico pode afetar a expressão de determinados genes que regulam a resposta inflamatória do organismo. Em situações de estresse, o organismo libera hormônios como o cortisol e a adrenalina, que ativam a resposta de luta ou fuga. Essa resposta ajuda o organismo a lidar com situações estressantes de curto prazo, mas quando o estresse é crônico, os níveis elevados de cortisol podem afetar negativamente a expressão de genes envolvidos na regulação da resposta inflamatória, aumentando o risco de doenças inflamatórias crônicas, como a artrite reumatoide e a doença de Crohn.
Por outro lado, emoções positivas, como o amor e a felicidade, podem afetar o nosso DNA de maneira benéfica. Quando experimentamos emoções positivas, o organismo libera hormônios e neurotransmissores, como a ocitocina e a serotonina, que têm efeitos benéficos para a saúde física e mental.
Por exemplo, a ocitocina pode ajudar a reduzir a pressão arterial e o cortisol, melhorar a saúde cardiovascular e promover a regeneração celular.
Além disso, estudos têm sugerido que as experiências emocionais vividas pelos nossos ancestrais podem ter deixado marcas epigenéticas em seu DNA que são transmitidas para as gerações seguintes.
Por exemplo, um estudo recente mostrou que ratos que foram expostos a um cheiro associado a um choque elétrico apresentaram alterações epigenéticas em seus genes, e seus filhos e netos também apresentaram um aumento na sensibilidade ao cheiro.
Embora essa pesquisa ainda esteja em seus estágios iniciais, ela sugere que as emoções e as experiências vividas por nossos ancestrais podem deixar um legado biológico que afeta a saúde e o comportamento de suas gerações posteriores.
Em resumo, embora os sentimentos e as emoções não interfiram diretamente em nosso DNA, eles podem afetar a expressão dos nossos genes e deixar marcas epigenéticas que são transmitidas para as gerações seguintes.
É importante cuidar da nossa saúde mental e emocional, a fim de promover um ambiente biológico saudável para o nosso DNA e para as gerações futuras.
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Um abraço,
Christina Matias e Léia Estevão
Fundadoras da Quantic Flora